Quem já teve a oportunidade de apreciar uma competição de
Motocross, ou mesmo de Supercross, conclui que se trata de um grande
espetáculo, de muita emoção.
Mas o que é mesmo o Motocross?
Segundo a Federação Internacional de Motociclismo - FIM, trata-se de uma prova
em circuito fora de estrada, com obstáculos naturais.
Desde sua primeira prova no início do século, somente alguns anos mais tarde,
na Holanda e na Bélgica, recebeu o nome de Motocross, apesar da Inglaterra ser
o país onde nasceu o motociclismo fora de estrada.
Em 1947, na Holanda, foi realizada a primeira prova internacional, com motos de
500 cilindradas, denominada Motocross das Nações.
Os primeiros Campeonatos Mundiais de Motocross das categorias 500cc, 250cc e
125cc, iniciaram-se em 1957, 1962, e 1975 respectivamente.
No Brasil, o Motocross passou por fases gloriosas, com grandes eventos e
patrocinadores. Em meados de 1985, a Yamaha importou dois pilotos norte
americanos, Rodney Smith e Kenny Keylon, que com suas pilotagens radicais
mudaram completamente a prática do esporte, já que os brasileiros tinham um
estilo europeu na tocada da moto.
Outros pilotos estrangeiros passaram pelo Campeonato no Brasil, mas Rodney
Smith foi uma presença muito forte e marcante, incentivando jovens pilotos com
técnicas mais agressivas.
Como forte evento, os Campeonatos patrocinados pelas marcas de cigarros
Marlboro e Hollywood, contribuíram para a rápida explosão do Motocross. No caso
do Campeonato Hollywood, as etapas sempre foram bem organizadas, com belas
pistas, sempre com gates lotados, inclusive as arquibancadas.
Inicialmente denominado Hollywood Motocross, com motos nacionais e
posteriormente com motos importadas, passou para o Supercross mantendo sempre o
mesmo brilho.
Quando se fala em motos para a prática de motocross e supercross, verificamos a
existência marcante dos japoneses no mercado, cada marca com sua vedete,
diferenciada inicialmente pelo visual colorido.
As Hondas são vermelhas, Yamahas azuis, Suzukis amarelas e as Kawasakis verdes.
Apesar das fábricas japonesas, uma empresa européia é destaque nas competições
que é a KTM. Do início do
esporte até nossos dias, as motos foram totalmente modificadas, nas suspensões,
quadros, motores e outros itens, muito em função da radicalização do esporte,
com provas mais agressivas, curvas e obstáculos arrepiantes.
Um pouco sobre a história do motocross
O motocross é uma modalidade de esporte radical, praticada sobre as
motos de estilo Enduro, são várias as categorias do Motocross, como:
Arenacross, Trial e Enduro. Motocross (freqüentemente encurtou (MX) ou MotoX) é
uma forma de motovelocidade ou Off road, que os pilotos sujeitaram circuitos de
fora-estrada inclusos em circuito fechado e são considerados amplamente, como a
forma mais popular do mundo de corrida de motocicletas.
Modalidade criada na Inglaterra no começo
deste século, foi dominada até o começo da década de 60 - época na qual as
motos tinham motor 4 tempos e eram motos de rua, com pequenas modificações -
pelos próprios ingleses e também os suecos. Também na década de 60, os
espanhóis, que fabricavam motos das marcas Monteza, Ossa e Bultaco, entre
outras, criaram o motor 2 tempos e passaram a dominar o campeonato até o fim da
década, época que as fábricas japonesas passaram a fabricar motos de cross.A
partir dos anos 70, os pilotos belgas se destacaram e vêem sendo alguns dos
melhores pilotos mundiais até hoje. No começo dos anos 80, as fábricas
japonesas passaram a dominar o campeonato de construtores, o que continua
acontecendo atualmente. Os campeonatos brasileiros de Motocross começaram na
década de 70 e possuem, atualmente, as seguintes características: o circuito é
de no mínimo 1500 metros, com obstáculos naturais (como subidas e descidas de
montanhas, por exemplo). No engate, podem haver até 40 pilotos que correm em
duas baterias de 40 min. Mais uma volta. Esta é uma modalidade de resistência e
conjunto.
Enduro de regularidade
Modalidade criada no Brasil, na década de 80, comporta-se mais como um
Rally, pois, como este, deve-se respeitar uma média horária. Acontece, também,
dentro de matas e num percurso desconhecido, no qual o piloto é obrigado a
seguir um roteiro que lhe é entregue na largada. Conheça aqui o regulamento e o
calendário das provas do Campeonato Brasileiro de Enduro de Regularidade.
Moto velocidade
Modalidade criada pela
FIM, seu primeiro mundial foi em 49 e as categorias eram : 125cc, 250cc, 350cc,
500cc com motor 4 tempos. Nesta época, os melhores pilotos eram, em sua
maioria, italianos e ingleses. A partir da década de 70, os motores de todas as
motos passaram a ser 2 tempos, já que as fábricas japonesas começaram a fazer
motos de Motovelocidade com a mesma tecnologia das motos de cross. No final dos
anos 80 foi criada a modalidade Superbike, onde correm somente as motos 4
tempos.
Enduro
Criado na Inglaterra, o
Enduro exige que os pilotos respeitem um percurso de, no mínimo, 200Km, com um
tempo ideal. Neste percurso têm-se vários trechos especiais cronometrados. O
vencedor será quem fizer o menor tempo. Na prova, somente o piloto poderá dar
manutenção à moto e isto ocorre dentro de horários pré-determinados. A moto só
pode dormir no parque fechado, que é aberto ao tempo. Esta modalidade testa a
resistência do piloto e de sua moto.
O alemão Gottlieb
Daimler foi pai do motociclismo meio sem querer. Seu gênio incontestável
contribuiu decisivamente para que se produzisse o motor a explosão Gottlied
Daimler, alemão, é oficialmente o inventor da motocicleta, embora ingleses,
franceses e italianos também reivindiquem para si esse título. Nascido em 1834,
Daimler trabalhou na firma Otto & Langen, e depois foi diretor da fábrica
Deutz. A partir de 1882, dedicou -se a seus próprios projetos, e em 1884
homologou a patente de um motor de combustão interna com ciclo de quatro tempos
e cilindro horizontal - um grande avanço para época. Em 1885, construiu um
motor mais aperfeiçoado - sempre monocilíndrico - que montou numa armação de
madeira com duas rodas principais, ás quais acrescentou duas rodinhas laterais
para manter o equilíbrio. Daimler não estava propriamente interessado em
produzir um veículo de duas rodas, pois já estava projetando algo que viria a
ser um automóvel. Isso fica claro quando se observa o contraste entre a
perfeição do motor e a rusticidade da armação em que estava instalado -
destinada apenas a sustentar o motor durante os ensaios. Essa máquina de
Daimler, tão feinha, tinha características técnicas que revelavam a genialidade
de seu construtor. Por exemplo, a transmissão do motor para a roda traseira era
feita com a ajuda de uma correia comandada a partir do guidão. Esse guidão
podia girar sobre si próprio. Girado num sentido, colocava a correia sob
tensão. Girado no sentido oposto, o guidão afrouxava a correia e a acionava um
freio sobre a roda. Era um mecanismo precursor do punho de aceleração. Como o
guidão não estava fixo á coluna de direção, que ficava deslocada para trás, era
preciso uma transmissão por correia que fazia a roda virar para a esquerda ou
para a direita. Daimler construiu logo um segundo veículo no qual a transmissão
final era feita por uma correia que ia desde o motor até um pinhão, que se
engrenava sobre a coroa da roda. Nesse motor Daimler eliminou o guidão
giratório: agora, o guidão se fixava diretamente na coluna de direção. Também o
motor, que tinha uma cilindrada de 264cc, potência de 0,5 cv e um regime de
giros de 700 rpm (bem elevado para a época), melhorara bastante. Uma caixa
fixada ao lado do cabeçote continha os dispositivos de ignição e de
distribuição. A alimentação fora aperfeiçoada: por uma alavanca o condutor regulava
a entrada da mistura vinda do carburador. A lubrificação era feita gota a gota:
uma engraxadeira deixava cair regularmente uma gota de óleo sobre o cilindro. A
cada modelo, Daimler aprimorava as condições técnicas. E, mesmo que sua
intenção não fosse a de construir uma motocicleta, ele acabou provando que um
motor de combustão interna, pequeno e de pouco peso, podia muito bem ser
utilizado como meio de transporte individual de duas rodas, com boa
dirigibilidade e preços bem em conta.
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